A dúvida sobre qual a diferença entre castelhano e espanhol é muito frequente e, para tirar essa dúvida de uma vez por todas, podemos afirmar: na prática, não existe nenhuma distinção entre as duas línguas. Pois é, essa é uma resposta inesperada – e quase decepcionante –, mas temos pontos importantes a serem debatidos sobre o uso de um termo ou outro.
Apesar das regras gramaticais, grafias e palavras serem iguais, existem impactos culturais conectados a como os cidadãos de cada país chamam seu idioma. Há também distinções quando fugimos um pouco da norma culta – ou seja, o padrão que se encontra em dicionários – e observamos os regionalismos.
Se está interessado no assunto, confira também nosso post “Gramática espanhola: desvendamos os sinais invertidos e mais!”
Para entender todos esses detalhes, continue conosco. A Easy TS preparou um conteúdo completo sobre esse tema. Explicaremos porque existe a diferença nas formas de chamar essas línguas e muito mais!
Castelhano ou Espanhol: entenda como começou a diferença
A Espanha, berço da língua espanhola e responsável por espalhá-la pelos continentes, faz parte da Península Hibérica junto com Portugal. Sua história é muito mais antiga do que a formação atual do país e é por conta dela que existe essa divisão.
Durante a Idade Média, o norte da região que hoje forma o território espanhol era chamado de Reino de Castela. Essa nomenclatura perdurou por muitos anos enquanto os líderes desse espaço buscavam tomar posse das terras próximas às suas. A palavra castelhano, ou castellano como é chamada por lá, teve sua origem nessa época e se referia ao dialeto derivado do latim que era usado por “aquelas bandas”.
A unificação da Espanha veio apenas durante o século XIII (treze), mais precisamente em 1492, quando Castela chegou ao auge de sua influência política. No primeiro momento, o dialeto mais falado na região era o castelhano e ele se tornou a língua oficial do país que tinha acabado de nascer.
Logo em seguida, começou a época das grandes navegações e a expansão do território de diversos países europeus. A Espanha estava entre eles e a população das regiões onde essa nação invadia acabava se referindo a seu idioma com o termo español. Esse nome ficou tão popular que acabou tornando-se o oficial e até os dias de hoje conhecemos a língua falada nesse país como o espanhol.
No entanto, os moradores da região originária do Reino de Castela não abandonaram o primeiro nome utilizado. Entendeu a confusão?
Dessa forma, não existem diferenças nas regras gramaticais e significados de um para o outro, eles acabaram se tornando uma mesma linguagem com dois nomes diferentes.
Assim como os nativos do norte da Espanha não adotaram o termo espanhol para referir-se ao seu dialeto, a maioria dos países colonizados na América do Sul também não. Nessas regiões que fazem fronteira com o Brasil, a língua é chamada castelhano. O Caribe e o México já não seguem essa mesma lógica, mesmo utilizando o mesmo vocabulário.
Mas então como é o certo chamar?
Bom, essa é uma resposta que varia conforme a região que está. Como pôde ver, mesmo entre a população espanhola não há um consenso – e ele não precisa existir! Essas diferenças marcam características históricas e culturais, reforçam e valorizam as peculiaridades de cada povo e mostram como uma nação é plural.
Entender as razões de cada cultura optar por um desses termos é o suficiente, pois não existe apenas um correto. No entanto, é comum ver erros quando o assunto é tradução. Não importa se prefere chamar de castelhano ou espanhol, softwares e pessoas sem tanto conhecimento no assunto sempre acabam errando na gramática desse idioma.
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Castelhano x Espanhol: como essa diferença influencia na tradução?
Ao olharmos objetivamente para o assunto, essa diferença na forma de chamar o idioma não influencia na tradução. Isso, é claro, se estivermos falando da língua padrão. A gramática espanhola tem muitas peculiaridades que não encontramos em escritas ditas similares, como o português.
Fato é que, ao considerarmos arquivos não oficiais ou transcrições de áudios, ou vídeos, essa perspectiva de não existir diferenças muda um pouco. Ainda é a mesma língua, mas a oralidade carrega gírias, regionalismos e vícios de linguagem que apenas alguém profissional consegue compreender e traduzir de maneira que não mude o significado. Um tradutor também é preparado para suprir todas as “lacunas” de interpretação que um texto não oficial pode deixar.
Entenda mais sobre expressões idiomáticas em nosso texto sobre o assunto!
O sotaque também é um ponto forte que pode atrapalhar leigos no assunto caso tentem fazer a tradução por conta própria. Cada região falante de espanhol tem um ritmo e uma entonação própria ao enunciar cada palavra, podendo gerar muitas confusões. O mesmo acontece entre o inglês norte-americano e o inglês britânico.
Portanto, podemos concluir que não é o castelhano ou o espanhol que influencia num processo de mudança de um idioma para outro, é a preparação de quem realiza essa atividade. Conte com profissionais qualificados para todas suas traduções. No blog da Easy TS você encontra os melhores conteúdos sobre esse universo. Fique atento as atualizações e não perca nenhum tema!